[Corinthians]Apostas do centenário, Roberto Carlos e Ronaldo começam 2010 discretamente

por Chocoloko~09 Qui Jan 21, 2010 1:25 pm

Nada mais que discretos. Assim foram Roberto Carlos em sua estreia e Ronaldo em seu primeiro jogo com a camisa do Corinthians em 2010. O lateral-esquerdo esteve longe daquele que amedrontou defesas na Europa e ainda deu um susto ao trombar com o banco de reservas no segundo tempo. Já o Fenômeno mostrou que precisará de tempo para recuperar o ritmo e a forma física. A Fiel fez a parte dela: compareceu em grande número (32.179 pagantes) ao Pacaembu, mas deixou o estádio querendo mais de seus principais jogadores para o ano do centenário. Roberto não avança, e Ronaldo aparece pouco

Mesmo sem brilhar, Roberto Carlos teve um primeiro tempo mais eficiente em comparação a Ronaldo. Visivelmente em melhor condição física, o lateral-esquerdo passou segurança à defesa na marcação, sobretudo por jogar próximo de William, jogador mais lento da zaga alvinegra desde 2008 e bastante pressionado pelos atacantes do Bragantino na etapa inicial.

Mas faltou o Roberto Carlos atacante. Até por orientação de Mano Menezes, que mandou a campo um Jorge Henrique bastante aberto pelo lado esquerdo, mais recuado do que na temporada passada, o lateral pentacampeão mundial poucas vezes se apresentou. Quando isso aconteceu, foi tímido, nenhuma delas até a linha de fundo, como ganhou fama na Europa e na seleção brasileira.

Os poderosos chutes só apareceram aos 41 minutos. Da intermediária, Chicão ameaçou e Roberto Carlos disparou, mas Gilvan conseguiu segurar rente ao gramado, arrancando o primeiro “Uuuhh” da Fiel.

Já Ronaldo esteve longe de ser Ronaldo. Durante a semana, o treinador corintiano jurou que o Fenômeno entraria em campo em condição semelhante a seu melhor momento, na reta final do Paulistão de 2009. A produtividade, porém, foi baixa. O craque chegou a animar a torcida com um drible entre as pernas de um adversário logo no primeiro minuto, mas não foi muito além disso.

O restante da equipe também não colaborou muito. Tcheco, encarregado de abastecer o camisa 9, jogou muito recuado e, assim, distante dele. A primeira chance veio somente aos 21, quando Jorge Henrique levantou da esquerda e o Fenômeno na pequena área, de cabeça, seu ponto fraco, mandou para fora. Aos 41, outro susto. A tabela com Tcheco funcionou e ele cruzou para Jorge Henrique, mas a zaga cortou antes que o rival chegasse.

- Acho que estou bem com Jorge. Passei (do meio-campo) poucas vezes. Vamos ver se passo um pouco mais - disse Roberto Carlos na saída de campo.

Ronaldo segue o mesmo. Roberto sobe mais e quase se machuca

O segundo tempo veio com muita chuva, mas também com a promessa cumprida. Roberto Carlos reapareceu mais ofensivo, porém, tendo problemas com as descidas de Diego Macedo por seu lado. Aos seis minutos, o lateral relembrou os tempos de Real Madrid, foi à linha de fundo e cruzou. Ronaldo dominou, trombou com um adversário e caiu pedindo pênalti. Nada marcado.

O Fenômeno, inclusive, continou com os mesmos problemas da etapa inicial: sempre marcado por dois jogadores, o camisa 9 teve pouco espaço. Com Iarley cansado, Mano Menezes deu mais velocidade ao ataque com Dentinho, até que Jorge Henrique, em chute de fora da área aos 18 minutos, marcou o segundo gol e trouxe alívio ao time.

A vantagem fez o Corinthians se acomodar. O técnico alvinegro aproveitou para reforçar a defesa com Jucilei no lugar de Tcheco. Pior para Ronaldo. Jogando quase isolado, pouco produziu. Nas poucas jogadas individuais que tentou, sempre bastante marcado, mostrou que ainda falta ritmo.

Aos 32 minutos, Roberto Carlos deu um susto. Ao dar um carrinho na lateral, o jogador não conseguiu frear e trombou com o banco de reservas que estava a comissão técnica do Timão, precisando ser substituído por Boquita. Depois de atendido, assistiu do mesmo banco a equipe segurar a suada vitória.

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